Atendimentos Psicoterápicos Sociais

agosto 6, 2010 às 12:01 pm | Publicado em Clínica Social | Deixe um comentário
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A Sociedade Paulista de Psicanálise abre as inscrições para Atendimentos Psicoterápicos Sociais em sua Clínica Social.

O atendimento é para pessoas que apresentem algum tipo de incomodo emocional ou distúrbio psíquico (depressão, angústia, raiva excessiva, explosões emocionais, pensamentos obsessivos, insegurança, ansiedade, etc.). Não haverá fila de espera aos interessados, apenas uma entrevista inicial de triagem. Os necessitados e interessados em serem atendidos a um baixíssimo custo, entrar em contato com: Hideko pelo telefone 11 5539-6799.

A Sociedade Paulista de Psicanálise fica na Rua Humberto I, 295 – Vila Mariana – São Paulo.

Relacionamentos e conflitos

junho 22, 2010 às 6:38 pm | Publicado em Artigos | Deixe um comentário
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Maria Dilma Campo Burkle
Psicanalista

É muito comum que a base dos relacionamentos de casais estabeleça-se sobre uma distorção da realidade, sem que disso se tenha consciência. A demanda que fica é: “Não me sinto inteira (o), sou incompleta (o) enquanto pessoa”, e daí vem uma extrema necessidade de se encontrar a outra metade.

Metaforicamente, sendo metade de algo que nem sei direito o quê ou quem, o senso de identidade e auto-estima fica prejudicado. Disto resulta colocar nessa metade faltante, expectativas e exigências para dela obter a comprovação de que existo e mereço amor, segurança, felicidade, etc.

Este é o cenário no qual verdadeiros dramas acontecem, no palco chamado vida, onde todos atuam seus personagens, uma grande ficção com direção própria, produzida e enviada diretamente do inconsciente.
Às vezes rindo, outras chorando, sendo protagonista ou telespectador da história de Cinderela, adaptada ao século XXI, a situação se repete: “Se me amasse de verdade, faria tudo por mim!”. E assim, as condições são impostas e nem sempre verbalizadas. O outro até deve adivinhá-las, igual mamãe que já sabia e gratificava ou não, todos os meus desejos. Abraços, beijos, elogios, acompanhar-me nos meus interesses, afirmar e reafirmar seu amor o tempo todo.

Supondo que haja amor, sufoca com tamanhas exigências. Passa a ser tremendo encargo sobre os ombros do outro, que também tem suas próprias questões. Também o inverso costuma ocorrer: “Eu o amo, vivo para satisfazê-lo, sem ele não sobrevivo, falta o ar e o chão sobre o qual me apoio, não posso perdê-lo, portanto me anulo pois sou apenas extensão do outro”.

As configurações e interações que a dimensão emocional humana compõem, fornecem o material para infinitas criações imaginárias e, quase sempre, são atuadas em fatos reais. Todos nós reconhecemos esses conflitos. Em proporção variável, somos agentes de prazer e felicidade do outro, ou este outro acaba sendo o nosso objeto de prazer e felicidade. Revendo nossas histórias, compreendemos os porquês.

Compartilhamos a experiência de desamparo e, nesse enredo, existe a dependência de um outro que nos garanta a sobrevivência. Sendo esse outro o representante da falta que é deslocada e reeditada nas vivências emocionais atuais com nosso parceiro, a ele delegamos o papel que foi um dia o da mãe. Pobre dele e pobre de nós! Crianças brincando de serem adultas, vivendo em um mundo de “faz de conta”.

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